Hoje em mais um post da série MacGyver Vive, vamos aprender a fazer um microfone parabólico!!!! Ai você se pergunta: - Pra que diabos serve isso? Quem gosta de filmes de espionagem e de detetives, já sabe! Resumidamente ele te possibilita ter um "ouvido de tuberculoso" artificial! Ele permite que você ouça conversas a disância com perfeição. É a arma definitiva do fofoqueiro e um acessório indispensável ao detetive que se presta. Que tal então fazer o seu próprio? Um pequeno conhecimento de eletrônica é necessário para o projeto.
Os microfones direcionais ultra-sensíveis podem ser utilizados em  diversas aplicações práticas interessantes. Uma delas é a espionagem,  quando focalizamos pessoas conversando a uma certa distância e  conseguimos ouvir tudo o que dizem. Outra é na gravação de sons da  natureza e finalmente temos a possibilidade de instalar o sistema num  robô para detecção de sons remotos. Veja neste artigo como é possível  construir um simples microfone parabólico usando componentes comuns.
Os microfones direcionais sensíveis são montagens bastante  interessantes e não muito difíceis de serem realizadas com componentes  de baixo custo. O amplificador que descrevemos alimenta um fone de  ouvido, é alimentado por pilhas e tem excelente sensibilidade graças ao  uso de um microfone de eletreto.
Um controle especial possibilita o  aumento de seu ganho nas situações em que os sons são mais fracos,  facilitando assim sua audição. As aplicações práticas sugeridas são as  seguintes:
- Espionagem
- Gravação de sons da natureza
- Aplicações esportivas
- Detecção de sons remotos em robôs com o uso de um transmissor
As principais características do circuito que descrevemos são:
Características:
Tensão de alimentação: 6 ou 9 V (4 ou 6 pilhas pequenas)
Ganho controlado (50x ou 200x)
Potência de saída (200 a 400 mW – conforme alimentação, e impedância de saída)
Impedância de saída: 4 a 16 ohms
- Gravação de sons da natureza
- Aplicações esportivas
- Detecção de sons remotos em robôs com o uso de um transmissor
As principais características do circuito que descrevemos são:
Características:
Tensão de alimentação: 6 ou 9 V (4 ou 6 pilhas pequenas)
Ganho controlado (50x ou 200x)
Potência de saída (200 a 400 mW – conforme alimentação, e impedância de saída)
Impedância de saída: 4 a 16 ohms
Como Funciona
Existem duas técnicas básicas  para se captar sons direcionalmente. Uma delas consiste no uso de um  tubo para “canalizar”  os sons e que é muito usada em estádios de  futebol para se captar os sons dos chutes e da própria conversa dos  jogadores. A segunda consiste em se posicionar o microfone no foco de um  refletor parabólico e que é usada principalmente na gravação de sons de  pássaros e outros sons da natureza. As duas técnicas são ilustradas na  figura 1.

Figura 1 – Dois tipos principais de microfones  direcionais.
O nosso projeto utiliza a segunda técnica com  um refletor que pode ser qualquer objeto de metal ou plástico duro de  pelo menos 40 cm de diâmetro e que tenha uma curvatura que se aproxime  da parabólica. Podemos usar, por exemplo, uma meia esfera de um globo de  efeitos de luz com resultados satisfatórios. O ponto exato em que o  microfone deve ser posicionado será obtido experimentalmente.
O sinal  captado pelo microfone de eletreto é levado ao circuito através de um  cabo blindado, para se evitar a captação de zumbidos. Intercalado entre o  microfone e a entrada do amplificador temos o potenciômetro P1 que  serve como controle de volume. O amplificador usado é um LM386 que, além  de ser fácil de encontrar e barato, exige poucos externos adicionais  para se obter um bom ganho, e saída de baixa impedância. O ganho deste  amplificador é determinado pelo resistor R2 no circuito de realimentação  negativa. Assim, com a chave numa posição, em que este resistor está no  circuito, o ganho do amplificador será de 50 vezes.
Mudando de  posição a chave, de modo que apenas o capacitor fique no circuito, o  ganho será de 200 vezes. Os capacitores C3 e C5 fazem o desacoplamento  do amplificador e da fonte respectivamente e o capacitor C4 faz o  acoplamento à carga que pode ser um fone de ouvido de baixa impedância.  Os tipos acolchoados são os dão melhores resultados neste tipo de  aplicação por bloquearem qualquer outro tipo de som que não seja o que  vem do circuito.
Montagem
Na figura 2 damos o circuito completo do microfone parabólico.
Na figura 2 damos o circuito completo do microfone parabólico.

Figura 2 – Diagrama completo do aparelho
A parte eletrônica pode ser montada numa pequena placa de circuito impresso com a disposição de componentes mostrada na figura 3.

Figura 3 – Placa de circuito impresso para a  montagem.
Todo o conjunto cabe numa pequena caixa plástica que tanto pode ser montada junto ao refletor como carregada à tiracolo, conforme mostra a figura 4.

Figura 4 – O amplificador pode ser levado à  tira-colo.
Em qualquer caso é importante usar cabo blindado  para a conexão do microfone, pois o amplificador é sensível podendo  captar zumbidos. Na montagem observe a polaridade dos capacitores  eletrolíticos e a posição do circuito integrado. Também é importante  observar a polaridade do microfone de eletreto, pois se ele for  invertido o aparelho não funciona.
O resistor R1 determina a  polarização e ganho do transistor de efeito de campo que existe no  interior dos microfones de eletreto. Eventualmente este resistor pode  ser alterado para se encontrar o ponto de maior sensibilidade. Valores  entre 2,7 k ohms e 10 k ohms podem ser experimentados. Para a saída do  fone temos duas possibilidades mostradas na figura 5.

Figura 5 – Ligação das saídas dos fones.
No primeiro caso o jaque é simples para fone monofônico. No segundo caso, se usarmos um jaque estéreo para fone de ouvido estéreo, a ligação deve ser feita com os canais em série.
No primeiro caso o jaque é simples para fone monofônico. No segundo caso, se usarmos um jaque estéreo para fone de ouvido estéreo, a ligação deve ser feita com os canais em série.
Prova e Uso
Para provar o aparelho basta ligar S1, abrir P1 e verificar a captação dos sons ambientes com a chave S2 nas duas posições de modo a se comparar o ganho.
Se houver ronco  no fone, verifique a blindagem do cabo do microfone e se sua malha está  ligada firmemente ao ponto de terra do circuito. Comprovado o  funcionamento é só usar o circuito. Para fazer gravações pode ser usada  uma saída paralela que será ligada à entrada do MIC do gravador,  conforme mostra a figura 6.

Figura 6 – Acrescentando uma saída paralela para  gravações.
Esta mesma saída pode ser ligada a um pequeno transmissor de FM, como o mostrado na figura 7, para a captação dos sinais à distância.
Esta mesma saída pode ser ligada a um pequeno transmissor de FM, como o mostrado na figura 7, para a captação dos sinais à distância.

Figura 7 – Transmissor de FM para transmitir os  sinais à distância, sem fio.
Uma placa de circuito impresso para o transmissor é mostrada na  figura 8.

Figura 8 – Placa de circuito impresso para o  transmissor.
Neste circuito, a bobina consta de 4 espiras de fio esmaltado 22 a  26 AWG ou mesmo fio rígido comum (do tipo usado em telefones) num lápis  como referência.
Os capacitores com valores expressos em nF e pF  devem ser obrigatoriamente cerâmicos. A antena consiste num pedaço de  fio rígido de 20 a 40 cm ou ainda uma antena telescópica de rádio comum.  O alcance pode chegar aos 50 metros em local aberto e livre de  interferências. O sinal é recebido em qualquer aparelho de som com FM,  preferivelmente com sintonia analógica.
Lista de Material
a)Microfone
Semicondutores:
CI-1 – LM386 – circuito integrado, amplificador
Resistores: (1/8 W, 5%)
R1 – 2,7 k ohms – vermelho, violeta, vermelho
R2 - 1 k ohms – marrom, preto, vermelho
P1 - 10 k ohms – potenciômetro comum lin ou log
Capacitores:
C1, C2 – 10 uF x 12 V – eletrolítico
C3 – 100 uF x 12 V – eletrolítico
C4 – 220 uF x 12 V – eletrolítico
C5 – 470 uF x 12 V – eletrolítico
Diversos:
MIC – microfone de eletreto de dois terminais
S1 – Interruptor simples
S2 – Chave de 1 pólo x 2 posições
J1 – jaque conforme o fone – ver texto
B1 – 6 ou 9 V – 4 ou 6 pilhas pequenas
Placa de circuito impresso, suporte de pilhas, fios, cabo blindado, refletor parabólico, caixa para montagem, botão para o potenciômetro, solda, etc.
a)Microfone
Semicondutores:
CI-1 – LM386 – circuito integrado, amplificador
Resistores: (1/8 W, 5%)
R1 – 2,7 k ohms – vermelho, violeta, vermelho
R2 - 1 k ohms – marrom, preto, vermelho
P1 - 10 k ohms – potenciômetro comum lin ou log
Capacitores:
C1, C2 – 10 uF x 12 V – eletrolítico
C3 – 100 uF x 12 V – eletrolítico
C4 – 220 uF x 12 V – eletrolítico
C5 – 470 uF x 12 V – eletrolítico
Diversos:
MIC – microfone de eletreto de dois terminais
S1 – Interruptor simples
S2 – Chave de 1 pólo x 2 posições
J1 – jaque conforme o fone – ver texto
B1 – 6 ou 9 V – 4 ou 6 pilhas pequenas
Placa de circuito impresso, suporte de pilhas, fios, cabo blindado, refletor parabólico, caixa para montagem, botão para o potenciômetro, solda, etc.
b)Transmissor
Semicondutores:
Q1 – BF494 – transistor de RF
Resistores: (1/8 W, 5%)
R1 – 10 k ohms – marrom, preto, laranja
R2 – 6,8 k ohms – azul, cinza, vermelho
R3 – 47 ohms – amarelo, violeta, preto
Capacitores:
C1 – 10 nF – cerâmico
C2 – 4,7 nF – cerâmico
C3 – 4,7 pF – cerâmico
C4 – 100 nF – cerâmico
CV – trimmer (qualquer valor entre 20 e 40 pF de capacitância máxima)
Diversos:
L1 – Bobina – ver texto
B1 – 4 ou 6 pilhas – pode ser usada a alimentação do microfone
A - antena – ver texto
Placa de circuito impresso, fios, solda, etc.



